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PRATO DO DIA

PARÁ.





Pense em água, muita água, mais do que você já viu ou possa imaginar ver na vida.

Não são rios, são verdadeiros mares de água doce correndo por toda parte.

Amazonas, Solimões, Tapajós, Arapiuns, Xingu e mais um monte de correntes levando tudo que alguém precisa para viver. Ao contrário dos estados do nordeste, centro oeste, leste e sul do país, os rios amazônicos são verdadeiras estradas. Deles se utiliza tudo, desde a água para beber, os peixes para alimentar, o transporte que leva carros, tratores, alimentos, eletrodomésticos, a natureza no Pará é desenhada por seus rios.

O Pará é exuberante e maravilhoso em todos os sentidos. Em cada cidade ou vilarejo ribeirinho a gente encontra uma vida simples, mas adequada e sem a fome que se alastra pelo resto do país.

Não vi moradores de rua nem em Santarém, Alter do Chão, Belém ou nas cidades marajoaras.

Vi pessoas simples, mas com teto e comida na mesa.

Visitar o Pará é conhecer um Brasil totalmente diferente do que estamos acostumados a ver. Suas cores, sua cultura, suas danças, música, e, principalmente, a culinária, ficarão para sempre em sua memória.


A COMIDA PARAENSE.


Antes de mais nada, o principal ingrediente da cozinha paraense vem dos rios. Os peixes amazônicos, principalmente o Tucunaré, o Pirarucu, o Filhote e o Pacu, são comuns em quase todas as cozinhas paraenses.

A preferencia é assado, mas também são servidos em moquecas, recheados ou ensopados.

Os acompanhamentos vão do arroz do Pará, farofa paraense, açaí ou um simples arroz branco.

Cada prato tem uma história, muitos são ancestrais, têm origem nas culturas indígenas e os temperos são extraídos da floresta que abunda em toda parte.

Saborear a comida paraense é se fartar de sabores inesquecíveis que vão marcar sua memória degustativa.


SANTARÉM.


Santarém é uma bela cidade cortada pelos rios Amazonas e Tapajós.. Basta subir em uma pequena elevação para contemplar o encontro das águas dos dois rios caudalosos. É um espetáculo fascinante que você não se cansará de admirar.

Em Santarém você pode desfrutar da culinária paraense em alguns dos melhores restaurantes do estado paraense.

Ou mesmo em um simples restaurante nas praias da cidade. Pegue uma barraca, cerveja gelada e, entre um mergulho e outro, nas águas deliciosas do Tapajós, deguste um Tucunaré assado acompanhado de feijão grosso e arroz soltinho.


ALTER DO CHÃO.




Um brinco às margens do rio Tapajós, Alter do Chão é uma pequena vila repleta de pousadas, cafés, bares e restaurantes onde você pode passar o dia em uma praia ou navegando pelos igarapés, caminhando por trilhas no meio da mata ou, simplesmente, descansado na sombra de uma mangueira.

Aa praias de Alter do Chão têm areias branquíssimas e as águas do Tapajós envolvem e refrescam seu corpo fazendo com que você fique horas imerso em seus pensamentos.

Na pracinha, no final do dia, rola show de Carimbó no coreto ou em espaços culturais da vila. Vale a pena assistir e até mesmo ensaiar alguns passos desse ritmo amazônico que contém influências indígenas, africanas e portuguesas. O carimbo é a alma do norte e não tem como ficar indiferente a esse som original e envolvente.


BELÉM.




Como toda grande cidade, Belém oferece um vasto repertório de atrações para seus visitantes. A cultura tem uma programação extensa nos seus museus, galerias de arte, teatros, casas de shows e espetáculos. A cidade é linda e recheada de construções da época do ciclo da borracha na qual Belém era uma das cidades mais ricas do mundo. Parte dessa história está conservada em edificações que enchem nossos olhos de tanta beleza. Ir ao mercado Ver-o-Peso é uma experiência fantástica, ali você conhecerá as ervas medicinais, as frutas da região, os ingredientes dos pratos tradicionais da cozinha paraense como o Tucupi, o Açai ou as diversas pimentas que acentuam o sabor de uma culinária rica e apaixonante.




Belém também tem praias, principalmente nas margens do rio Acará. E um pôr do sol deslumbrante no Amazonas. No final do dia, vale passar algumas horas em uma das mesas dos diversos bares e restaurantes na Estação das Docas vendo a vida passar na sua frente sem pressa e sem sofisticação. Aproveite para tomar um suco de Cupuaçu, Teperabá ou Bacuri. Os sabores são marcantes e totalmente diferente do que estamos acostumados. Vale também uma visita ao parque Mangal das Garças, um espetáculo de flora e fauna que você irá conhecer percorrendo seus longos caminhos no meio da vegetação e de lagos repletos de aves como as garças, tucanos e araras que circulam livremente pelo espaço.


MARAJÓ.





Uma grande ilha dividida em 17 municípios, Marajó é um programa obrigatório para quem visita a Amazônia. Suas pequenas cidades são interligadas por estradas e balsas e cada uma mantém características próprias.

Soures é um dos municípios que acolhem visitantes com pousadas simples, mas confortáveis, boa comida e bebida. Suas praias são maravilhosas e com restaurantes que oferecem pratos à base de peixe ou de carne de búfalo. A manada de búfalos de Tapajós é maior do que a população da ilha e é a principal fonte de proteína, leite e tração da região.

A carne é a macia e saborosa e é comum em toda a ilha. O queijo mussarela de búfala é famoso em todo o Brasil e tem sua origem na ilha. Portanto, use e abuse desse delicioso queijo.


PRATOS TRADICIONAIS.




TACACÁ.


Um prato de origem indígena, o Tacacá e feito com tucupi, goma de tapioca, camarão e folhas de jambu refogada. É um caldo servido quente e com pimenta a vontade. Dizem que levanta até defunto e é muito consumido em todas as cidades paraenses.




TUCUNARÉ OU PIRARUCU.


Os dois peixes que abundam os rios amazônicos são comuns em quase todas as cozinhas paraenses. Assado, ensopado, recheado ou até mesmo em postas fritas, os peixes são servidos com legumes, farinha, arroz e açaí.




PATO AO TUCUPI.


Um dos mais famosos da cozinha paraense, o Tucupi é um caldo amarelo extraído da mandioca que passa por um longo processo de cozimento para se tornar comestível ser o ingrediente principal do prato. O Pato ao Tucupi é servido com arroz, folhas de jambu refogadas e farinha de mandioca.


O AUTOR,


Wander Cairo Levy foi redator publicitário durante décadas e, recentemente, começou a escrever livros e roteiros para cinema. Tem 3 livros publicados e um roteiro que virou filme, Achados Não Procurados, que recentemente, conquistou o prêmio de melhor filme pelo júri popular no FAM ( Festival do Audio Visual do Mercosul), realizado em Florianópolis e de melhor roteiro, melhor ator e melhor caracterização no Festival da Paraíba realizado agora em dezembro.

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2 Comments


Hari Borboleta Azul
Hari Borboleta Azul
Dec 22, 2021

um prato melhor que o outro, e o texto da agua na boca. Muito bom Wandinho

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levywander
levywander
Dec 22, 2021
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Maravilha Hary. Vamo que vamo.

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