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PRATO DO DIA.

Updated: Jan 22, 2022



RIO DE JANEIRO.



Quando o avião está prestes a aterrissar no aeroporto Santos Dumont, a paisagem lá embaixo é de tirar o fôlego.


O Rio é uma das cidades mais bonitas do mundo, sem dúvidas. Isso, apesar dos sucessivos desgovernos que fizeram de tudo para acabar com a cidade maravilhosa.


O Rio resiste a eles, aos milicianos, aos traficas, aos empresários que abusam da grana para tentar enfeiá-la com edifícios horrorosos, verdadeiras gaiolas, para encarcerar os cariocas.


O Rio está acima de todos eles e pertencem a nós, que o amamos e o veneramos.


Em cada pedaço da cidade, a gente encontra um retrato caprichado que a natureza pintou.


O Corcovado, o Pão de Açúcar, o Dois Irmãos, Ipanema, Leblon, a Lagoa Rodrigo de Freitas, não existe nada que não traga um brilho nos olhos de quem vê.


O Rio é e continua sendo maravilhoso.


Andar pelas suas ruas maltratadas não é um sacrifício, é um prazer que sentimos a cada passo, a cada olhar.


Sentar em um boteco à beira-mar, olhando para as ondas e para as mulheres que enfeitam o pedaço, é um momento divino e sempre inspirador.


Almoçar ou jantar em um dos inúmeros restaurantes nos deixa pertinho do paraíso.


Tomar um Garotinho no fim de tarde vendo o sol se pôr no horizonte é um jeito fácil de achar que a vida pode ser bem boa.


O RIO DE TODOS OS PRATOS.


A comida do Rio de Janeiro é uma mistura carregada de sotaque português.


Foram eles que fizeram a cidade e deixaram suas marcas, até mesmo no futebol . No Rio tem o único time do mundo que carrega a denominação de alguém em seu nome, o navegador português Vasco da Gama.


Em qualquer esquina do Rio você come um bacalhau bem feito, desfruta de um cozido caprichado ou se farta com um ensopado de mariscos.


Comer no Rio é uma religião na qual os profetas são os chefes e cozinheiros de mão cheia.


Nós, os fiéis só temos que agradecer a dádiva de poder estar em um lugar divino e saborear um prato dos deuses.


O RIO DOS BOTECOS.



<a href='https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/fundo'>Fundo foto criado por rawpixel.com - br.freepik.com</a>


Devem existir umas duas ou três esquinas na zona sul do Rio onde não tem um boteco.


É um instituição e os cariocas sempre acham um tempinho entre uma atividade e outra para dar uma paradinha e tomar um chopinho na esquina.


Vou falar de apenas dois dos inúmeros botecos do Rio. Esses dois representam a alma do espírito do Rio de Janeiro.


BRACARENSE.

Existe desde 1961, fundado por um português, claro.

Por suas mesas já passou o que o Rio de Janeiro tem ou teve de melhor: Tom Jobin, Jaguar, Elis, Millor e muito mais.

Suas comidinhas são fantásticas e abrem a vontade de sorver mais e mais chopp da Brahma, bem tirado, com colarinho espesso e gelado no ponto.

Experimente a empadinha de carne seca ou o sanduba de pernil com queijo e abacaxi.

Ou fique apenas no chopp e passe horas vendo a vida passar lentamente na sua frente.


Rua José Linhares, 85. Leblon.


CAFÉ LAMAS.



Fundado em 1824, há quase 150 anos, o Lamas é um templo que exige muito respeito para ser frequentado.

Você pode optar por se sentar na parte da frente, o boteco, onde comerá petiscos maravilhosos para acompanhar sua bebida ou passar direto para o restaurante, na parte de trás, um ambiente mais formal, mas que serve excelentes filés com o tempero da casa.


Rua Marquês de Abrantes, 18, Flamengo.


O RIO ONDE SE COME BEM.

<a href='https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/fundo'>Fundo foto criado por topntp26 - br.freepik.com</a>


Comer na cidade maravilhosa é tudo de bom que a gente pode querer.

Pode ser no boteco da esquina ou no mais sofisticado local da orla, em qualquer um você entrará esperançoso e sairá feliz.

Não vou indicar restaurantes, faz algum tempo que não vou ao Rio e a pandemia mudou tudo. Restaurante tradicionais fecharam as portas, outros perderam equipes, então, melhor não falar sobre o que não estou atualizado.

Vou sim, falar sobre alguns pratos que nasceram ou foram criados no Rio.


FILÉ OSWALDO ARANHA.



Uma peça de filé alto grelhada e servida com lâminas de alho em cima e um molho de carne em volta. Acompanha farofa e batatas fritas. Só não dá para beijar depois.


FRANGO DESOSSADO COM ARROZ PIAMONTESE.




Certamente Piemonte nunca deve ter ouvido falar desse arroz, coisa de carioca. Era meu prato preferido na madruga, sempre o comia junto com meu amigo, Naire, nos botecos do Leblon.

O frango grelhado bem sequinho acompanhado por um arroz cremoso e delicioso.


BOLINHO DE FEIJOADA.



Um clássico de quase todos os botecos brasileiros criado e crescido no Rio.

O bolinho é feito com feijão preto batido e recheado com couve e pedacinhos de bacon ou torresmo ou linguiça ou carne seca, cada um coloca o que gosta mais.


O AUTOR.


Wander Cairo Levy foi redator publicitário durante décadas e, recentemente, começou a escrever livros e roteiros para cinema. Tem 3 livros publicados e um roteiro que virou filme, Achados Não Procurados, que recentemente, conquistou o prêmio de

melhor filme pelo júri popular no FAM ( Festival do Audiovisual do Mercosul), realizado em Florianópolis e de melhor roteiro, melhor ator e melhor caracterização no Festival da Paraíba realizado agora em dezembro.

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