SÃO PAULO NÃO PARA. FINAL.
<a href='https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/metropole'>Metropole foto criado por wirestock - br.freepik.com</a>
Vamos terminar nosso tour por São Paulo não por falta de assunto, bons restaurantes abundam na metrópole, mas porque temos muito de Brasil ainda para visitar.
Para finalizar, vou selecionar alguns restaurantes que são os melhores, na minha opinião, de cada segmento.
Começo com os ligeiros, aqueles onde você senta, come e rapidinho está indo pra casa ou continuando sua maratona etílica.
Em seguida vou apresentar alguns exemplos de lugares inusitados, seja pelo local ou pela comida que oferecem.
E vou terminar com os clássicos, aqueles restaurantes que estão há anos servindo as mesmas receitas e continuam fazendo sucesso sem apelar para modismos.
FAST, MAS NEM TANTO.
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JOAKIN’S.
Há mais de 40 anos esquentando as noites e madrugadas paulistanas, o Joakin’s oferece lanches tradicionais com bons temperos e ingredientes de qualidade. Se na década de 1970 era um point da Joaquim Floriano, hoje divide a rua com diversas outras lanchonetes, sem nenhum problema: o público do Joakin’s é cativo e fiel.
Rua Joaquim Floriano, 163 – Itaim Bibi – São Paulo – SP
FREVO
Outro que está há décadas mantendo a chapa quente e servindo lanches dignos de quem tem muita fome e pouca grana.
Os Beirutes são famosos e inspirou lanchonetes no Brasil inteiro. Mas nenhum consegue chegar perto do sanduíche em pão sírio do Frevo, ou Frevinho como os clientes o chamam.
Para quem gosta, o milkshakes também é muito bom e adoça a boca maltratada por álcool e cigarro.
Rua Augusta, 1562 – Cerqueira Cesar – SP
EMPANADAS BAR.
Aberto em 1980 pelos argentinos Hugo, Ibarzabál, a mulher Alejandra e a sócia Ana Maria Massochi, o Empanadas foi o primeiro a servir o quitute portenho em São Paulo. Com a vitória do Affonsin na Argentina, os dois resolveram voltar para a sua terra que finalmente tinha resgatado a democracia. Não se deram bem e voltaram para São Paulo onde abriram, também na Vila Madalena, o lendário Martin Fierro.
O Empanadas está vivo até hoje e agrega dezenas de pessoas todas as noites ávidas por cerveja gelada e empanadas assadas.
Rua Wisard, 489 - Vila Madalena – São Paulo
COMO ISSO DEU CERTO?
Existem lugares que fazem sucesso e a razão é um total mistério porque estão em locais inusitados e completamente fora de mão.
Vamos conhecer alguns.
FRANGÓ.
Imagem de Antonio Cavalcanti por Pixabay
Situado no alto da Freguesia do Ó, o Frangó nasceu para viver alguns meses. Só que, o boca-a-boca foi enchendo a casa e a sua extensa carta de cervejas, coisa rara na época, fez a fama do local. Funciona desde 1987 e oferece uma coxinha de matar. O petisco ganhou diversos prêmios gastronômicos e não para de circular no salão e no jardim convidando mais e mais clientes a se deliciarem com ela.
Largo da Matriz Nossa Senhora do Ó, 168 – Freguesia do Ó – São Paulo – SP
O C DO PADRE.
Atrás da igreja do largo da Batata, em Pinheiros, o bar ganhou esse carinhoso apelido pela sua localização. Oficialmente o nome é Bar das Batidas, mas todo mundo chama pelo nome de guerra.
Claro que as batidas são o carro chefe da casa, mas oferece também tira-gostos variados e em porções generosas para não deixar ninguém caindo por falta de sal.
Rua Padre De Carvalho, 799 - Pinheiros – São Paulo – SP
BAR DO LUIZ NOZOLE.
Imagine você pedir uma cerveja, o cara pegar no engradado, colocar dentro de um samburá e mergulhá-la em um freezer de sorvete. Dois minutos depois, ele retira o samburá e te serve uma cerveja estupidamente gelada. Graças a essa engenhosidade, o boteco situado no distante Jardim da Saúde atrai multidões no sábado que espalham-se pela calçada e ocupam todas as mesas de seu interior. Junte a isso um cardápio de deliciosos aperitivos, a receita tá pronta e o sucesso garantido.
Avenida do Cursino, 1210 – Jardim da Saúde – São Paulo – SP
OS IMORTAIS.
Imagem de Felix-Mittermeier.de por Pixabay
Todos são anciões e mantém a forma até hoje. Claro que a qualidade do produto que oferecem é a mesma desde a fundação, mas poucos conseguem renovar seu público como essas casas fizeram.
BASILICATA – 108 ANOS
Fundada em 1914, a Basilicata fez a fama em volta de seu pão italiano, com ou sem recheio de linguiça. Claro que logo, logo teve que dar um jeito de servir comida e nasceu o restaurante anexo. Massas frescas, molhos bem feitos e um pãozinho delicioso para acompanhar garantem filas na porta há mais de um século.
Rua Treze de Maio, 596 – Bixiga
REI DO FILET – 108 ANOS.
Também de 1914, o restaurante do centro de São Paulo carrega o título de melhor filé mignon da cidade, com mais de 15 variedades no cardápio. As carnes são feitas no ponto e os molhos são excelentes. Para acompanhar massas frescas ou secas, você escolhe.
Praça Julio Mesquita, 175 – Centro – São Paulo – SP
CASTELÕES – 98 ANOS
Nasceu 10 anos depois dos velhinhos acima e bem distante, lá no Brás, reduto da italianada. A famosa pizza de calabresa nasceu lá também e ficou tão famosa que muitas pizzarias pelo Brasil afora a chamam de Castelões, nada mais justo com quem a criou.
Rua Jairo Góis, 126 – Brás
O AUTOR.
Wander Cairo Levy foi redator publicitário durante décadas e, recentemente, começou a escrever livros e roteiros para cinema. Tem 3 livros publicados e um roteiro que virou filme, Achados Não Procurados, que, recentemente, conquistou o prêmio de melhor filme pelo júri popular no FAM (Festival do Audio Visual do Mercosul), realizado em Florianópolis e de melhor roteiro, melhor ator e melhor caracterização no Festival do Piauí realizado agora em dezembro.
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