TEMPEROS DA COZINHA BRASILEIRA. PARTE I .
O Brasil tem uma grande variedade de temperos e ingredientes e as variações territoriais são notáveis também.
Se no norte do país, raízes e folhas temperam os pratos de forma original, no sul e no sudeste os temperos ficam por conta de sementes, extratos e essências, assim como no nordeste se usa uma grande variedade de pimentas, óleos e folhas e no centro-oeste predominam os temperos picantes e sabores pronunciados.
O importante é que a cozinha brasileira navega por diferentes influências e, por isso, contém tanta diversificação quanto as origens do seu povo.
Nessa primeira parte abordaremos os temperos do Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
OS TEMPEROS DO NORTE.
Raízes como o a mandioca brava da qual se extrai o tucupí e folhas do jambu que enriquece pratos como o tacacá, são ingredientes básicos da cozinha do norte.
Mas, não são os únicos. O açaí faz parte do dia a dia dos nortistas não da maneira como é consumido no sul, com banana e chocolate, mas como ingrediente que acompanham pratos salgados como peixe, por exemplo.
As pimentas, como a Murupi acompanham quase todos os pratos na região e, se você não está acostumado, pegue leve para não perder o fôlego.
Frutas como cupuaçu e tucumã enriquecem as sobremesas e sucos nas refeições, além de serem deliciosas e com sabores marcantes.
OS TEMPEROS DO CENTRO-OESTE.
Foto: Gabriel Alessandro
No cerrado nascem os frutos que dão sabor à comida do centro do país. O pequi, uma semente amarela de uma fruta típica da região, é o mais importante e diferenciado tempero da comida goiana. Cozido com arroz ou galinha deixa os pratos com um sabor e aroma que dominam o ambiente.
A gariroba, uma espécie de palmito selvagem, tem um sabor ligeiramente amargo e reina absoluta no empadão goiano.
As pimentas também ocupam destaque nas mesas goianas. A de bode, malagueta e cumari são as mais comuns e são encontradas em praticamente todas as cozinhas.
OS TEMPEROS DO NORDESTE.
Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/gadini-388416/?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=1759394">Adriano Gadini</a> por <a href="https://pixabay.com/pt//?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=1759394">Pixabay</a>
Do azeite de dendê ao coentro, do cúrcuma ao babaçu, tudo dá um sabor original à comida nordestina.
O acarajé que está presente em todo o litoral baiano tem no dendê seu maior aliado, principalmente nas moquecas, acarajés e ensopados.
O coentro domina todos os fogões nordestinos e ai de quem não gostar, vai passar forme.
O óleo de babaçu prepara os pratos de caça como a paca, o tatu e a capivara de um jeito inesquecível.
Sentar-se à mesa de uma casa nordestina é estar diante de pratos que levam a alma humana a um estágio acima de qualquer lugar conhecido.
O AUTOR.
Wander Cairo Levy foi redator publicitário durante décadas e, recentemente, começou a escrever livros e roteiros para cinema. Tem 3 livros publicados e um roteiro que virou filme, Achados Não Procurados, que recentemente, conquistou o prêmio de melhor filme pelo júri popular no FAM ( Festival do Audio Visual do Mercosul), realizado em Florianópolis e de melhor roteiro, melhor ator e melhor caracterização no Festival do Piauí realizado em dezembro passado.
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